Os teus passos ganham um ritmo mais lento, ao som do silêncio do corpo e do palpitar esfuziante do teu coração. Aqui voltas a ouvir os pássaros, do outro lado do vidro, cheios de sol e vontade de azul.
Aqui vens à procura.
Aqui encontras e desencontras a forma certa.
Nas paredes as palavras amadas.
Brancas e nuas paredes de sonho repletas daqueles grafismos negros, perpetuados pela memória e pelo coração dos homens. São muito antigas.
Muito alegres quando riem.
Muito tristes quando alguém as abandona, ao final da noite, batendo contra a sua frágil figura, de seres voláteis, a porta alta de madeira clara, naquela casa onde as sombras reclamam um olhar atento e capaz de se tornar infindável.
Aqui acabas e recomeças.
Um.
Dois.
Três.
Tu e elas.
Aman
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